Não foi somente o conhecimento teórico e prático adquirido durante a
graduação na Univates que os alunos repassaram à comunidade do município
de Paulistana, no sudoeste do Piauí, durante o Projeto Rondon.
Além das oficinas sobre meio ambiente, autoestima, finanças e
comunicação, os rondonistas da Operação Canudos, ocorrida no último mês
de janeiro, Ana Paula Labres, Carolina Schneider, Diogo Dickel, Diorge
Marmitt, Fernanda Nicaretta, Luana Bassegio, Marelise Teixeira e Nara
Schmeier, juntamente com os professores Dorli Schneider e Rafael
Eckhardt, também levaram ensinamentos sobre a cultura do estado, e na
mala não faltaram o chimarrão e a pilcha.
A cada oficina desenvolvida em escolas municipais do centro ou do
interior de Paulistana o chimarrão estava presente. A equipe levou os
apetrechos e cinco quilos de erva-mate. “Muitas pessoas ficavam curiosas
com a bebida e pediam para experimentar. O que mais me chamou a atenção
é que eles tomavam um gole e já queriam devolver a cuia. Não entendiam
que tinham que beber até emitir o ronco do mate”, acrescenta a aluna de
Ciências Biológicas Carolina Schneider.
A bebida típica do povo gaúcho foi um dos costumes que mais chamou a
atenção. Naiana Nunes, aluna de Enfermagem da Faculdade Santo Agostinho,
de Teresina, experimentou o chimarrão pela primeira vez e pediu para
que um colega registrasse o momento. “Achei bom, mas só tomando mais
vezes para se acostumar”, afirmou.
Outro momento de integração com o povo paulistanense foi durante o
evento Bailando pela Cultura, no qual os alunos da Univates, pilchados,
fizeram demostrações da dança de desafio dos peões, a chula, e das
danças de salão chamamé, chote e vaneira e convidaram o público para
dançar a típica polonaise.
“Além das danças, o povo nordestino ficou impressionado com nossas
roupas típicas, como o vestido de prenda e a bombacha. Eles acharam tudo
lindo. Ficaram admirados com o fato de ainda usarmos a pilcha nos
tradicionais fandangos, e de possuirmos os Centros de Tradições Gaúchas
(CTGs). Eles questionavam se realmente os jovens também cultivavam a
tradição e salientaram que esse amor à terra está intrínseco em nós”,
relata Carolina.
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